Alimentação e Saúde

Enxaqueca e Alimentação

A enxaqueca é uma doença crônica, que se caracteriza por dor latejante ou pulsátil, ou seja, aumenta e diminui no ritmo das batidas do coração. Ocorre, geralmente, em apenas um dos lados da cabeça acompanhada de sintomas como náuseas, sensibilidade à luz e ao barulho, e costuma durar mais de quatro horas, podendo doer por dois a três dias seguidos.

Seus hábitos alimentares e o que você coloca no prato podem influenciar no desencadeamento e no controle da enxaqueca.

Confira as dicas da inglesa Wendy Green, especialista no assunto e autora do livro 50 coisas que você pode fazer para lidar com a enxaqueca (Editora Larousse).

Observe a quantidade de cafeína ingerida
A cafeína pode ser tanto um tratamento quanto um fator desencadeante para a enxaqueca.

Se você não toma café ou chá regularmente, uma xícara de chá ou café forte, ou um copo de refrigerante do tipo cola, pode ajudar a cortar a enxaqueca, principalmente quando tomado junto com remédio.

Acredita-se que a cafeína contraia os vasos dilatados ao redor do cérebro e assim maximize a eficácia dos analgésicos.

Controle os níveis de açúcar no sangue
Os níveis de açúcar variam de acordo com a alimentação, o consumo de medicamentos e também a produção de hormônios. Quando eles caem muito, isso pode resultar em hipoglicemia (baixo índice de açúcar no sangue). Nessa situação, o cérebro não recebe glicose suficiente para funcionar de forma apropriada. O corpo, então, reage produzindo hormônios que liberam glicose na corrente sanguínea. Como resultado, a pressão se eleva, o que desencadeia a enxaqueca.

Cuidado com a tiramina
Trata-se de um aminoácido natural de certos alimentos e bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja. Acredita-se que algumas pessoas sejam mais sensíveis aos efeitos da tiramina. Os estudos ainda são inconclusivos, porém, alguns enxaquecosos alegam alívio quando evitam alimentos que contêm a substância. Entre eles estão: laticínios, frutas cítricas (principalmente laranja), nozes, soja, vinagre, produtos fermentados.

 [show_AdSense float=”left” ad_client=”pub-6882992803111965″ ad_slot=”2930349719″ ad_width=”234″ ad_height=”60″ ]Fique atento aos aditivos alimentares
Eles são usados pelos fabricantes para realçar o sabor e a cor do alimento, assim como para prolongar a validade. Embora as pesquisas indiquem que os aditivos são geralmente seguros, algumas pessoas são mais sensíveis a eles. Entre as substâncias vinculadas às enxaquecas estão glutamato monossódico, nitratos e nitritos, aspartame, tartrazina, sulfitos e benzoato de sódio.Mastigue gengibre
O gengibre cru pode aliviar a náusea e os problemas digestivos que costumam acompanhar as enxaquecas. Também bloqueia os efeitos das prostaglandinas – substâncias que podem provocar inflamação dos vasos sanguíneos no cérebro e causar uma enxaqueca. Se não quiser mastigá-lo cru, pode fazer um chá ou comer biscoitos de gengibre.

Coma alimentos ricos em magnésio
De acordo com estudos, quem sofre de enxaqueca tem níveis baixos de magnésio. A dose diária recomendada é de 270mg para mulheres e 300mg para homens. Para assegurar uma dose adequada de magnésio na alimentação, consuma verduras frescas de folhas verdes, feijão, ervilha, batata, aveia e extrato de levedo.

Beba água
A desidratação é outro fator desencadeante comum e muitas vezes subestimado para as enxaquecas. Os tecidos que rodeiam o cérebro são compostos principalmente de água. Quando perdem líquidos, encolhem, provocando irritação e dor. O ideal é ingerir entre um e dois litros de água diariamente.

Alimentos que podem desencadear a crise

  • Adoçante artificiais e produtos diet e light (aspartame e sucralose).
  • Nitratos e nitritos (carnes curadas, embutidos, salsicha e linguiça) substâncias que aumentam a dilatação dos vasos sanguíneos.
  • Refrigerantes a base de cola, guaraná, café e o chá mate devem ser evitados, pois possuem cafeína, substância que altera a circulação sanguínea.
  • Bebidas alcoólicas, vinho tinto e bebidas espumantes e destiladas em geral possuem fenóis, aldeídos e sulfetos. Essas substâncias estreitam os vasos sanguíneos.
  • Chocolate, vinho tinto, queijos duros, amendoim, carne defumada e frutas cítricas contêm tiramina, substância que libera a prostaglandina, hormônio responsável pela sensação de dor.
  • Aditivos alimentares, como o glutamato de monossódico presente em temperos e alimentos industrializados e embutidos.
  • Histamina (queijos fermentados, alimentos fermentados, salsicha, atum, anchovas e sardinhas em conserva).
  • Octamina e dopamina (frutas cítricas, banana, ameixa vermelha, figos, passas e abacates)
  • A fenilalanina, presente em bebidas a base de cola, aspartame e outros alimentos industrializados.
  • Tiramina (queijo cheddar, queijo cammembert, levedo de cerveja, peixe em conserva, vinho tinto, cerveja, vagens e café).

Algumas vitaminas e minerais, e substâncias como a lecitina e os ácidos graxos ômega-3, bem como também triptofano, anti-histamínicos, podem ser importantes no combate à enxaqueca, pelo papel relevante que desempenham no metabolismo do sistema nervoso.

Alimentos que auxiliam no controle da crise

  • Os ácidos graxos essenciais auxiliam no controle da dor. Assim, o consumo de azeite de oliva, sardinha, salmão e anchova é indicado.
  • O triptofano ajuda a liberar serotonina, que proporciona sensação de bem-estar. Alimentos como a banana, erva-cidreira, maracujá, pão, arroz, feijão e granola contêm essa substância.
  • Os anti-histamínicos inibem a produção de prostaglandina, responsável pela sensação de dor. São encontrados no orégano, cravo, canela e gengibre.
  • Alguns estudos demonstram que a deficiência de magnésio pode representar um importante papel no desenvolvimento da enxaqueca no período menstrual.