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Saiba como aproveitar o verão de forma saudável

A combinação de calor, mar e alimentação fora de casa se traduz numa superexposição do organismo a alergias. Alimentação saudável ajuda a contornar o problema

Verão é sinônimo de Sol, viagem, mar e restaurante – mix que leva à superexposição do organismo areações alérgicas aos alimentos. De um lado, estão as alergias verdadeiras, isto é, a resposta exacerbada do sistema imunológico contra uma substância entendida como estranha. Os principais causadores do problema são frutos do mar, chocolate, leite de vaca, ovo e sementes oleaginosas. E, ao que tudo indica, o verão é a temporada propícia para esse tipo de consumo. Mas os perigos não param por aí. “Diz se que o mesmo alimento, que tantas vezes foi ingerido, num belo dia pode  causar uma reação alérgica”, resume Virna Leão, nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). A menos que a pessoa já tenha manifestado reação ao alergênico, é difícil prevenir o problema. “Um fator de risco para o desenvolvimento de alergias é uma história familiar positiva para essas doenças”, diz Virna.

Parece, mas não é

Há também as chamadas “alergias falsas”. Aqui, a mistura de calor com pouca higiene contamina a comida com fungos e bactérias e resulta em um quadro semelhante ao da alergia alimentar, como problemas dermatológicos e intestinais. “Probióticos e prebióticos reduzem a permeabilidade intestinal e melhoram a imunidade”, fala a médica. Os probióticos são alimentos como iogurtes e derivados de leite que possuem bactérias benéficas para a flora intestinal. No time de prebióticos estão as fibras não digeríveis. Para completar, o verão também deixa pernas e braços vulneráveis aos mosquitos. Alimentação com excesso de potássio (banana, abacate, molho de tomate e passas) e sal podem atrair os bichinhos. Já para repeli-los, algumas teorias sugerem alimentos ricos em  tiamina (B1), comocarne de porco, peixes e ervilhas. “Eles liberariam um odor desagradável à fêmea do mosquito. Entretanto, não há comprovação científica”, finaliza. A seguir, confira um cardápio recheado de alimentos probióticos e prebióticos acompanhado de um programa de exercícios pró-imunidade.

Gordura boa contra dermatites

O que o óleo de peixe e o óleo de prímula têm em comum contra a dermatite atópica – processo inflamatório crônico que leva a lesões na pele? Ambos possuem ácido linoleico para dar e vender. Essa gordura boa, do tipo ômega 6, é capaz de melhorar os sintomas da doença, como coceira, ressecamento e vermelhidão. O primeiro estudo a favor da substância foi realizado por S. Writght e J. L. Burton, em 1982, com 99 pessoas. Os pacientes adultos que receberam 2 g diárias de óleo de prímula viram a pele melhorar a galope, e tudo isso sem efeitos colaterais. Boa parte do sucesso se dá pela ação anti-inflamatória da substância, mas não só. “Os ácidos graxos ômega-6 desempenham um papel vital na fisiologia da pele. A enzima que produz ácido gamalinolênico (GLA) a partir de gorduras da dieta diminui com a idade e em certas doenças crônicas. Estudos sugerem que pacientes com dermatite atópica têm prejuízo da atividade dessa enzima”, explica Virna Leão. “O GLA participa da síntese de ceramidas, contribui para a diminuição da perda de água e, consequentemente, melhora da hidratação da pele”, completa.

Fonte: Revista Vida e Saúde